5.5.09

Sustentabilidade cultural

Jonah Berger, da Universidade da Pensilvânia, e Gaël Le Mens, da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, publicaram os resultados na respeitada revista científica "PNAS". A pesquisa não poderia ser mais simples: eles avaliaram, ao longo das décadas do século XX, a popularidade relativa dos nomes Charlene, Kristi e Tricia, que estiveram entre os preferidos dos pais americanos para suas filhas nas décadas de 1950, 1970 e 1980, respectivamente. O interesse dos pesquisadores é entender como um produto cultural (no caso, nomes, mas músicos, marcas e outros fenômenos também valem) ganha e perde popularidade. A hipótese da dupla era que a maneira como as pessoas valorizam um nome ou uma marca também tem a ver com uma percepção sobre seu lado "carne de vaca", por assim dizer. Se o público acha que determinada marca é só uma moda passageira que todo mundo está adotando de bobeira, acaba por deixá-la de lado após um tempo.E, de fato, os dados de nomes de meninas nos EUA, e também na França, sugerem que, quanto mais rápido um nome se torna popular, mais rápido ele também some (definido como o valor equivalente a 10% de sua popularidade máxima). Vale também na indústria fonográfica. Em geral, os artistas cujos discos chegam rápido demais às paradas de sucesso perdem, em número absoluto de vendas, para os artistas que vão subindo devagarzinho de popularidade. http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1108232-5603,00.html

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